quarta-feira, 6 de abril de 2011

Educação Não é Mercadoria!

Vivemos em um país onde 27% da população está inserida dentro do nível superior, e menos de 12% desse percentual está na Universidades Públicas.
A alguns anos atrás essa lógica era inversa, isso ocorre muito por conta de uma política neoliberal a qual o Brasil está inserido.
Falar em educação brasileira é pensar em um grande funil, que quando chega mais próximo da boca, nível superior, vai se estreitando cada vez mais.
Hoje os brasileiros de 4 a 17 anos são obrigados a estarem frequentando as escolas, porém o que a constituição brasileira garante é que apenas a educação básica seja obrigatória, e coloca o ensino médio como universalizado, pórem não como obrigatório.
A coisa fica mais crítica quando se fala em Universidade.
A universidade particular depois de uma grande expansão na décade de 90, viveram numa crise, 550mil vagas "ociosas", e com mais de 30% de inadimplentes.
Com isso, o governo federal lançou uma solução para que as Universidades Particulares saissem da crise, chama-se ProUni, que disponibiliza vagas nas Universidade Particulares em troca de isenção fiscal, e vale ressaltar que essas vagas são as vagas que antes eram ociosas. No ano passado foram isentadas das pagas 2,5Bilhões de reais, apenas com o ProUni, sem falar no FIES, por outro lado foram investido apenas 960milhões de reais na Universidade Pública, solucionando assim a crise das Universidades pagas, em contrapartida agravaram de vez a das Universidade Pública,utilizando uma lógica neoliberal, de sucatear a coisa pública para que faça parte da cultura brasileira de que a coisa pública não funcione, em detrimento da coisa particular, no qual nossa sociedade acredita que as coisas só funcionam na instância privada, sejam elas de saúde, educação ou segurança.
Universalizar hoje o nível superior é uma meta muito difícil de alcançar, contudo o Governo Federal vem insistindo em grandes erros que prejudicam a coisa pública e favorecem os tubarões da educação, caso explicito no ProUni.
Essa lógica se agrava quando, amparado pela reforma universitária, entra em vigor o Programa de Reestruturação das Universidades Públicas, fazendo com que as universidades aprovam a criação de cursos novos, sem que haja uma política de estruturação fisíca da universidade, e sem falar também no que diz respeito ao tripé: Ensino, Pesquisa e Extensão, que não são acompanhados com qualidade, sendo assim o governo aprova a criação de novos cursos nas universidade públicas, mas não dá garantia de qualidade para esses cursos, e acabam compromentendo os que antes já não funcionavam direito, funcionem de forma mais precária ainda.
Para comprovar que as Universidades Particulares são melhores do que as públicas, ainda na reforma Universitária, o governo federal aprova o SINAES - Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior, que funciona para comprovar que a coisa pública não funciona mesmo, avaliando de forma negativa, nem poderia avaliar de outra maneira, haja vista que a universidade foi sucateada pelo REUNI, e de forma ultra positiva as universidade particulares, colocando-as no top Universidades, e pra fechar o pacote, os cursos das universidades públicas são ameaçadas de serem descredenciados, pela má avaliação no SINAES do MEC.

Vale lembrar caros leitores, que educação não é mercadoria! 

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