quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Só Para Pensar I

De Onde Vem A Calma
Los Hermanos

De onde vem a calma daquele cara?
Ele não sabe ser melhor, viu?
Como não entende de ser valente?
Ele não saber ser mais viril
Ele não sabe não, viu?
Às vezes dá como um frio
É o mundo que anda hostil
O mundo todo é hostil
De onde vem o jeito tão sem defeito?
Que esse rapaz consegue fingir
Olha esse sorriso tão indeciso
Tá se exibindo pra solidão
Não vão embora daqui
Eu sou o que vocês são
Não solta da minha mão
Não solta da minha mão
Eu não vou mudar não
Eu vou ficar são
Mesmo se for só
Não vou ceder
Deus vai dar aval sim
O mal vai ter fim
E no final assim calado
Eu sei que vou ser coroado
Rei de mim.

Ser autentico da ética

Para o homem ser livre ele tem a necessidade de se abdicar de Deus, só assim o homem teria a visão do valor moral. Pois seria audacioso em desafiar a moral imposta pela religião mais claramente imposta pela lei divina, e colocar-se a mercê da moral criada pelo próprio ser. Imaginamos uma pessoa isolada socialmente, será que ela teria a faculdade da apreciação? E onde estaria a dignidade do ser? Logo o ser não teria dignidade, nem divina, nem familiar, nem patriótica. Partindo dessa visão, o ser seria livre, chegaria a se aproximar do super-homem (nietzscheriano), pois, em nenhum momento estaria intrigado as quatro preocupações impostas por Nietzsche, e assim criaria sua própria moral, sem influencias divinas, sociais e políticas.

Moral ou Imoral?


Toda ação moral deve partir do pressuposto de que haja prazer, sendo assim, a ação só passa a ser moral, pelo fato do sujeito que pratica a ação sentir prazer em fazê-la. Vejo da seguinte forma: Uma ação pode ser julgada moral ou imoral, não pelo fato de ser boa ou ser ruim, e sim pelo fato de o ser que pratica sentir prazer em fazê-la. Por exemplo: se uma pessoa resolve matar outra, na maioria das vezes, ela tem ciência de seus atos, e se mesmo assim a praticou é porque sente prazer em fazer o mal, logo seria ético para ela. No outro lado da “moeda” as pessoas que perderam um ente querido, não sentiram prazer em perdê-lo, logo a ação seria julgada imoral pelos mesmos.
Vejo que o julgamento de moral e imoral, parte do ponto referencial, de que é analisada tal ação.
E para alcançar a ataraxia(ausência de qualquer preocupação) o individuo só precisa desligar-se do julgamento divino, da política vigente e do medo ardente da morte. Partindo dessa visão, um determinado ser tem o medo de ser julgado por Deus, sendo assim, ele não vive do “luxo” de se sentir prazer em determinadas ações.

Deus Realmente Nos Deu Liberdade?


A liberdade é essencial para se ter a moral própria, sem se preocupar com a divindade. Pois tais conceitos de certo, de errado, de bom e de mal, são alienantes, partindo da visão teológica. Por se preocupar com julgamentos divinos, o homem não se dá o luxo da liberdade e se deixa aprisionar pelas forças divinas, deixando-se colocar a venda que não permiti olhar para os lados e só consegue enxergar o que está a sua frente. Portanto, é alienado, é aprisionado na caverna novamente. A liberdade é essencial para uma filosofia moral, pois parte dela o desafio, a ruptura da venda, a saída da caverna, e conseqüentemente a visão do que é bem e mal segundo o próprio conceito de moral partindo da visão humana.