sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal: o Espírito do consumo e do perdão.


Natal, data para se comemorar com família, amigos, e porque não, desconhecidos.
Este último alimenta o verdadeiro espírito, não necessariamente o natalino, que não nasceu com a pessoa que insistimos em comemorar seu 2.010ª aniversário, e sim a milhões de anos atrás, quando a civilização estava nascendo, às margens do rio Tigre e Eufrates, onde mais ou menos é hoje a Turquia.

A centenas de anos o verdadeiro espírito natalino é deixado de lado, somos condicionados, pela figura do Papai Noel, em uma sociedade em pleno consumismo, a fazer trocas de lembranças e presentes, que no mínimo alimenta o natal contemporâneo.

Assim como o Carnaval que nasceu como uma comemoração religiosa, o natal perdeu o seu sentido, pedir desculpas pelos seus erros cometidos no decorrer do ano é muito frequente na virada do dia 24 para o dia 25, mas o dia 26 significa continuar a cometer os mesmo erros, haja vista que já estás desculpado, magoando as mesmas pessoas, ou pessoas diferentes. Isso é natal? Natal é presentear alguém com a intenção de aceitar suas desculpas, porque não se faz isso no decorrer do ano? por que esperar um data simbólica, que não sabemos nem ao certo se Jesus Cristo nasceu nesse dia, por exemplo, os russos Ortodoxos comemoram o Natal no dia 7 de Janeiro, para pedir desculpas.
É isso ai, natal hoje significa isso. Vamos magoar bem as pessoas no decorrer do ano , porque no dia 25 de Dezembro seremos desculpados.
A só para não sair do Padrão, Feliz Natal e um Próspero Ano de 2011, para todos.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Crítica muito pertinente!
    Sobre isto: http://jainahema.blogspot.com/
    Abraço

    ResponderExcluir
  3. Só sei que Papai Noel existe apenas para alguns. Não existe para os marginalizados, não existe para os sem-teto e nem para crianças pobres. Ele existe nas propagandas, na vitrine das loja.. Só existe no fim do ano para roubar o pouco do dinheiro que sobrou!! Nenhum velho barbudo de roupa vermelha traz felicidade, ela não se ganha de presente, mas conquista-se, o que só é possível numa sociedade livre, sem exploradores e explorados...

    ResponderExcluir
  4. Realmente Laiane, o espirito natalino como o que eu estou criticando, não chega à perifería das cidades, aos marginalizados, sejam elas crianças pobres e sem-tetos, boa crítica, gostei.
    obrigado!
    sinta-se à vontade para comentar.

    ResponderExcluir